Bolsas asiáticas e futuros americanos recuam à espera de dados sobre emprego nos Estados Unidos
Fonte: Infomoney
EUA
Na quarta, o S&P avançou 0,9%, em uma sessão marcada por alta de 3,8% no setor de energia, que teve sua maior alta diária desde 27 de agosto. O Dow avançou mais de 200 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,8%. Os papéis da farmacêutica Moderna avançaram cerca de 0,7% no pós-market após a empresa divulgar novos dados sobre a incidência de casos de Covid entre pessoas que já completaram o esquema vacinal. Pesquisas realizadas pela empresa indicam que a incidência desses casos é menor entre pessoas que passaram por vacinação mais recentemente.
Após sete anos de ganhos para o S&P e uma alta de quase 20% que levou o índice a patamares recordes neste ano, muitos analistas esperam resultados menos animadores para o resto do ano. O mês de setembro, em especial, tipicamente é um mês negativo para as bolsas americanas. Em média, o S&P recuou 0,56% no mês desde 1945, segundo dados da CFRA.
No mês até o momento, o Dow recuou 1,6%; o S&P perdeu 0,9% e o Nasdaq perdeu 0,6%. Nos últimos dias, investidores vêm reagindo a dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos, que reduziram as expectativas quanto ao momento em que o Federal Reserve reduzirá o ritmo de compra de ativos, atualmente em US$ 120 bilhões mensais. Dados fracos no varejo na China também sugerem uma desaceleração no ritmo de recuperação global.
Nesta quinta, investidores devem acompanhar novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperam que 320 mil americanos tenham realizado pedidos do tipo na semana encerrada em 11 de setembro, uma leve alta frente a 310 mil da semana anterior.
Investidores também antecipam uma sexta-feira emocionante, já que a data será marcada pelo chamado “quadruple-witching“, termo que nos Estados Unidos se refere a um mesmo dia em que ocorre o vencimento de opções de ações, de índices futuros de ações, de ações e de “single-stock futures”. Assim, os mercados acionários norte-americanos podem ter um dia de forte volatilidade.
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam a quarta-feira em queda, com destaque negativo das bolsas chinesas. Na China continental, o Shanghai composto recuou 1,34%; em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,46%, com destaque negativo para ações do setor de cassinos, que recuaram pelo segundo dia consecutivo.
As ações da Wynn Macau listadas em Hong Kong perderam 4,69%; os papéis da Sands China recuaram 7,96%; e os papéis da Melco International Development recuaram 0,76%. Na quarta ações do setor de cassinos já haviam registrado perdas após Macau iniciar uma consulta pública sobre o setor de jogos. No Japão, o Nikkei recua 0,62%, e na Coreia do Sul o Kospi perdeu 0,74%.
Europa
Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,6%, com destaque positivo para papéis dos setores de viagem e lazer e negativo para o setor de recursos básicos. A alta ocorre mesmo com os resultados negativos na Ásia e com os futuros americanos em queda.
Na quarta, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson realizou alterações em seu gabinete, substituindo ministros mais antigos e instando seu governo a abordar a desigualdade econômica no período pós-pandemia. Na próxima segunda, o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, deve ser submetido a questionamentos por parte de legisladores a respeito da suspeita de problemas na agência do país responsável por combater a lavagem de dinheiro.
Os questionamentos ocorrerão poucos dias antes das Eleições no país, em que Scholz é o favorito como sucessor da chanceler Angela Merkel. Scholz faz parte do Partido Social Democrata (SPD na sigla em alemão), que poderá assumir o posto ocupado até então pela líder da União Democrática Cristã (CDU em alemão).
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