Fonte: Deustche Welle
CORONAVÍRUS
Parlamento Europeu aprova passaporte de covid-19
Certificado digital será emitido gratuitamente nos 27 países-membros da União Europeia com dados sobre vacinação e testagem, visando facilitar viagens e impulsionar turismo. França e Bélgica relaxam restrições. O Parlamento Europeu anunciou nesta quarta-feira (09/06) a aprovação de um certificado digital de vacinação contra a covid-19 que permitirá que pessoas da União Europeia (UE) se desloquem entre os países do bloco sem a necessidade de quarentena ou de exames extras para o coronavírus.
A medida, anunciada às vésperas do início das férias de verão no hemisfério norte, é uma tentativa de salvar a indústria de viagens da Europa de mais uma temporada desastrosa. Agora, cabe aos 27 Estados-membros do bloco aplicar as regras.
A votação ocorreu na noite de terça-feira, e a proposta foi aprovada por 553 votos a favor, 91 contra e 46 abstenções. As medidas terão validade de 12 meses e entrarão em vigor a partir de 1º de julho, quando a plataforma eletrônica para verificação dos certificados será lançada em toda a Europa. Os certificados permitirão viagens mais seguras entre os países da União Europeia, ao informar se o viajante foi totalmente vacinado contra a covid-19, se contraiu a doença e se recuperou, ou se testou negativo recentemente para o coronavírus. A UE também fornecerá 100 milhões de euros para a compra de testes de covid-19.
O certificado, que funcionará de forma semelhante a um cartão de embarque, será gratuito, emitido por todos os Estados-membros da UE e aceito em todo o bloco. O documento estará disponível em papel ou formato digital e vai conter um código QR que as autoridades poderão digitalizar para acessar as informações. Os certificados serão disponibilizados na língua do país em que a pessoa reside e em inglês. De acordo com o site do Parlamento Europeu, 23 países estão “tecnicamente prontos” para colocar a medida em vigor, e nove já estão empregando algum tipo de certificado de validação. Mais de 1 milhão de cidadãos da União Europeia já possuem esse documento.
Observadores internacionais negam fraude nas eleições do Peru
Após candidata direitista Keiko Fujimori denunciar supostas irregularidades, missão da OEA exalta transparência do processo eleitoral peruano. Esquerdista Pedro Castillo mantém vantagem apertada na contagem dos votos.
Observadores internacionais afastaram a hipótese de fraude nas eleições presidenciais do Peru, após as acusações de irregularidades feitas pela candidata direitista Keiko Fujimori.
Fujimori, que liderava a apuração até a contagem de pouco mais de 90% dos votos, acabou sendo ultrapassada pelo esquerdista Pedro Castillo. Com mais de 97% das urnas apuradas, o sindicalista se mantem à frente por margem bastante apertada, com uma diferença de pouco mais de 70 mil votos. A candidata direitista, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, chegou a afirmar que haviam sido detectadas diversas irregularidades no processo eleitoral, e que estava em curso uma “fraude sistemática” no país. Ela acusou seu adversário de “roubar” votos de urnas que teriam sido submetidas a recontagens.
Mas, o chefe da missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Peru, Rubén Ramírez, elogiou nesta terça-feira (08/06) as autoridades do país pela utilização de “mecanismos que asseguram a transparência dos processos eleitorais e garantem a cidadania”.
Em mensagem de vídeo transmitida pelas redes sociais da OEA, Ramírez disse que os peruanos se dirigiram às urnas “de maneira pacífica e voluntária”, e enalteceu as autoridades eleitorais pela “organização de um processo de grande complexidade, marcado pela pandemia e pela polarização política”. Ramírez assegurou que os dados compilados “confirmam a estreiteza dos resultados que foi apresentada tanto pelas contagens rápidas como pelos dados oficiais divulgados pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe). O órgão, por sua vez, pediu que a população tenha “cuidado com notícias falsas sobre as atas eleitorais”.
A missão da OEA acompanhou a votação em 18 regiões do país e em cinco cidades do exterior, e incluiu 40 especialistas de 16 nacionalidades.
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