Texto retirado da pesquisa
A questão da eficiência do sistema de justiça passa pela ideia de gestão e do uso de ferramentas tecnológicas, em especial, da inteligência artificial (IA). Considerando este cenário, o Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da Fundação Getulio Vargas, sob a coordenação do Ministro Luis Felipe Salomão, tem como missão identificar, entender, sistematizar, desenvolver e aprimorar soluções voltadas ao aperfeiçoamento da justiça.
O Centro da FGV conduz uma pesquisa cujo foco é “Tecnologia aplicada à gestão dos conflitos no âmbito do Poder Judiciário com ênfase em inteligência artificial”. A pesquisa é uma das iniciativas do Centro e está sendo realizada por meio da construção de uma rede interinstitucional de pesquisadores. A escolha do tema se deu em razão do interesse no acompanhamento das metas referentes ao objetivo do desenvolvimento sustentável16 da Agenda ONU 2030 no Brasil.
O objetivo geral desta pesquisa foi realizar um levantamento do uso da inteligência artificial em determinados tribunais brasileiros. Os objetivos específicos consistiram: na identificação desses projetos e suas respectivas funcionalidades; na situação atual da tecnologia; no impacto produzido pelo uso da IA; nos resultados esperados e alcançados; e na análise cruzada desses dados para verificação da repercussão da IA sobre a celeridade, eficiência e produtividade dos tribunais. A amostra de pesquisa abrangeu o Supremo Tribunal Federal – STF, o Superior Tribunal de Justiça – STJ, o Tribunal Superior do Trabalho – TST, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Federais e os Tribunais de Justiça. A coleta desses dados foi realizada por meio do preenchimento de formulário, o qual teve um retorno de 98% de respostas.
A relevância desta amostragem pode ser percebida na análise da estrutura do
Judiciário brasileiro, que se divide em cinco ramos: Justiça Estadual, Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Militar, e tem um total de 91 tribunais.
O universo da pesquisa abrangeu 3 desses 5 segmentos, 59 tribunais e o Conselho Nacional
de Justiça.
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