Fonte: Infomoney
Bolsas mundiais sobem com investidores atentos a Brexit e início de vacinação
As bolsas europeias e os índices futuros americanos têm alta nesta quarta-feira (9), com otimismo quanto ao início da vacinação no Reino Unido com o produto desenvolvido por Pfizer e BioNTech, e a perspectiva de aprovação da mesma vacina para uso emergencial também nos EUA. Investidores acompanham também as negociações sobre o acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia pós-Brexit, e sobre o novo pacote de estímulos para a economia americana.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve viajar mais tarde nesta quarta a Bruxelas, onde se encontrará com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma nova tentativa de garantir o acordo comercial.
Na terça (8), O Reino Unido iniciou a imunização de sua população, com o uso da vacina desenvolvida pela parceria entre Pfizer e BioNTech, que recebeu na semana passada aprovação emergencial do governo britânico.
No Reino Unido, a vacina deve ser usada inicialmente para imunizar trabalhadores da linha de frente da área de saúde, trabalhadores de asilos e pessoas acima de 80 anos, antes de passar a ser oferecida a outros públicos. O número de doses comprado pelo governo deve ser o suficiente para imunizar ao menos um terço da população do país.
Na segunda, o governo brasileiro anunciou que pretende comprar 70 milhões dessas vacinas, o que seria o suficiente para imunizar 35 milhões de pessoas.
O início da vacinação no Reino Unido alimentou o otimismo em outros mercados globais, contribuindo para altas nos índices americanos.
Na terça, a Food and Drug Administration, agência regulatória americana responsável por alimentação e medicamentos, afirmou que os dados fornecidos por Pfizer e BioNTech são consistentes com as exigências para autorizações emergenciais.
A agência também afirmou que a vacina é eficaz, e não levantou preocupações específicas quanto a riscos. Na quinta (10), o órgão realizará uma reunião para tratar sobre a vacina de Pfizer e BioNTech.
No momento, a pandemia continua a se agravar nos Estados Unidos. Foram registradas na terça 2.597 mortes por covid no país, próximo ao recorde recente, de 2.885 mortes em 2 de dezembro, segundo dados sistematizados pela Universidade Johns Hopkins. Também na terça, foram registrados 219.444 novos casos de covid no país, próximo ao recorde registrado no dia 4, de 229.243 novos casos.
Investidores também acompanham as negociações em torno do pacote de estímulos à economia dos Estados Unidos, que vem sendo negociado a meses, sem sucesso. Sem ele, 12 milhões de americanos devem ficar sem benefícios a desempregados logo depois do Natal.
Os congressistas pretendem votar o pacote até a sexta (11), junto ao novo orçamento, sem o qual o governo entra em “shutdown” e serviços considerados não emergenciais deixam de funcionar. Negocia-se também votar nesta semana a prorrogação do atual orçamento até a sexta da semana seguinte, dia 18, o que daria fôlego para tratar de ambos os temas.
Na terça, o Secretário do Tesouro do governo republicano de Donald Trump, Steven Mnuchin, ofereceu à porta-voz da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, uma proposta no valor de US$ 916 bilhões, superior àquela de US$ 908 bilhões apresentada na semana passada por um grupo bipartidário de congressistas.
Pelosi e o líder democrata no Senado afirmaram que a proposta representa um progresso, mas disseram que ela não deve ofuscar a proposta bipartidária. Eles rejeitam especialmente a proposta da Casa Branca de que o financiamento de benefícios a desempregados seja reduzido de US$ 180 bilhões para US$ 40 bilhões.
Os mercados asiáticos subiram em sua maioria. Na terça, dados de índice de preços ao consumidor indicaram queda em novembro na China, pela primeira vez em uma década, com o recuo de preços de alimentos.
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