por Fernando Corrêa, Guillermo Petzhold e Virgínia Tavares – 16.11.2020
Os contratos de concessão do transporte coletivo no Brasil precisam mudar. Ao acentuar a queda de demanda, a pandemia evidenciou a dificuldade que o sistema ônibus enfrenta há anos para conciliar serviço de qualidade e sustentabilidade econômica. Mais satisfação para clientes, eficiência para operadores, segurança para cidades e resiliência para o sistema dependem, também, de melhores contratos. E a boa notícia é que a inspiração está próxima, em cidades como Bogotá e Santiago.
Lições das duas capitais foram compartilhadas no webinar Retomada do Transporte Coletivo: Como melhorar os contratos de concessão, promovido pelo WRI Brasil na quarta-feira, 11 de novembro, como parte das atividades do Programa QualiÔnibus. Especialistas de transporte coletivo de Colômbia, Chile e Brasil debateram modelos contratuais capazes de responder ao dinamismo que, mais do que nunca, caracteriza a vida nas cidades.
Sofia Zarama Valenzuela, chefe de planejamento do TransMilenio (Bogotá), e Juan Carlos Gonzalez, chefe de gabinete do Ministério de Transportes e Telecomunicações do Chile, trouxeram exemplos concretos de solução: Bogotá e Santiago têm transformado sistemas que padeciam de males conhecidos dos brasileiros. Com processos inovadores, hoje despontam como líderes na transição para veículos limpos, com as maiores frotas elétricas do continente.
Rômulo Dante Orrico Filho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Ciro Biderman, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), trataram das amarras dos modelos brasileiro e do quanto eles podem se beneficiar dos aprendizados das inovações de Chile e Colômbia, sem deixar de apontar aspectos dessas experiências que requerem atenção.
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