Fonte: Infomoney
Bolsas mundiais sobem em meio à expectativa por vacina contra coronavírus; Oxford e AstraZeneca informam que vacina tem eficácia de 70%
As bolsas europeias têm altas nesta segunda-feira, após a farmacêutica AstraZeneca anunciar que a vacina contra o coronavírus que desenvolve em parceria com a universidade de Oxford se mostrou eficaz. Os índices futuros americanos também têm alta, impulsionados pelo otimismo com a vacinação.
De acordo com a análise dos testes de fase 3, a vacina teve eficácia média de 70,4% em prevenir a contaminação dos participantes 14 dias ou mais após a aplicação de duas doses.
Um dos métodos de aplicação teve eficácia maior, de até 90%. Agora, as instituições se preparam para enviar os resultados para autoridades regulatórias ao redor do mundo.
O índice Eurostoxx tem alta de 2,32%; o Dax, da Alemanha, sobe 1,01%; o FTSE 100, do Reino Unido, sobe 0,31%; o CAC 40, da França, sobe 0,78%; o FTSE MIB, da Itália, sobe 1,03%.
A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford é a principal aposta do governo federal brasileiro para imunizar a população do país. Pelo acordo firmado, a produção local de cerca de 100 milhões de doses será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, ao custo de R$ 1,9 bilhão.
A eficácia do produto variou de acordo com a forma como as vacinas foram aplicadas. Quando se administrou uma dose inteira e uma segunda dose um mês depois, a vacina teve eficácia de 62%. Mas quando se aplicou meia dose e uma segunda dose inteira um mês depois, a vacina teve eficácia de 90%.
Isso indica que, usando uma dose menor dos estoques planejados, o produto da Universidade de Oxford e da Astrazeneca pode vir a garantir proteção superior.
Em uma declaração oficial, o diretor do Oxford Vaccine Group, professor Andrew Pollard afirmou: “Esses dados indicam que nós temos uma vacina eficaz, que irá salvar muitas vidas. É animador o fato de que um dos regimes de dosagem da vacina pode ter eficácia de cerca de 90%, e que, se esse regime for usado, mais pessoas poderão ser vacinadas com o estoque planejado”.
As altas ocorrem na Europa apesar de o governo alemão ter indicado que pode estender por ao menos mais um mês o lockdown implementado no país, previsto inicialmente para se encerrar no final de novembro.
Nos Estados Unidos, os índices futuros também têm altas com o otimismo quanto ao desenvolvimento de uma vacina, apesar do aumento de novos casos de contaminação no país.
O índice S&P 500 Futuro sobe 0,63%; o Nasdaq Futuro sobe 0,41%; o Dow Jones Futuro sobe 0,73%.
Na sexta-feira (20), foram registrados 198.585 novos casos nos Estados Unidos, um recorde. No mesmo dia, foram registradas 2.015 novas mortes por covid, patamar recorde desde maio, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
O novo anúncio otimista sobre a vacina ocorre menos de uma semana após AstraZeneca e Universidade de Oxford publicarem na revista científica The Lancet resultados dos testes de segunda fase que indicavam que seu produto é seguro, e leva à produção de anticorpos.
Também na semana passada, a Pfizer anunciara que análise de testes de fase 3 indicam que o produto que desenvolve em parceria com a BioNTech tem 95% de eficácia, superior ao que o patamar de 90% que informara anteriormente. A farmacêutica Moderna anunciou que os testes com seu produto indicam 94% de eficácia.
Ações asiáticas também tiveram alta na segunda-feira, à medida que investidores se mantêm atentos para os dados sobre desenvolvimento de vacina. No momento, no entanto, alguns países da região continuam a enfrentar problemas.
A Coreia do Sul pretende implementar regras mais rígidas de distanciamento para a área da Grande Seul, e para a região sudoeste do país em um esforço para barrar a ressurgência do vírus. O índice Nikkei, do Japão está fechado devido a feriado do Dia do Trabalho no país.
Hang Seng Index, de Hong Kong, fechou em alta de 0,13%; o índice Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 1,92%; o Shanghai SE, da China, fechou em alta de 1,09%.
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