Fonte; Infomoney
Bolsas europeias e índices futuros dos EUA têm leve queda após forte alta da véspera por otimismo com vacinas
- Os mercados europeus registram leve queda nesta terça-feira (17), assim como os índices futuros nos Estados Unidos, com exceção do Nasdaq, que tem leve alta.
- O ajuste para baixo ocorre um dia após a farmacêutica Moderna ter anunciado que dados preliminares indicam que a vacina que desenvolve teve mais de 94% de eficácia na prevenção da covid-19. O anúncio contribuiu para fortes altas nos mercados na segunda-feira (16).
- A semana anterior fora marcada por fortes altas após as farmacêuticas Pfizer e BioNTech terem divulgado dados que indicavam eficácia de mais de 90% no produto que desenvolvem contra a doença. Apesar da perspectiva de volta gradual à normalidade com as vacinas, os Estados Unidos continuam a registrar recordes de novos casos de covid.
- Foram 166.581 na segunda-feira, segundo dados compilados pelo jornal The New York Times, patamar recorde que fica atrás apenas do registrado na sexta-feira (13), de 181.196 casos. Nesta terça, o índice S&P 500 Futuro tem queda de 0,31%; o Nasdaq Futuro (EUA), sobe 0,29%; o Dow Jones Futuro cai 0,19%. Além disso, o noticiário foca na perspectiva econômica da União Europeia. Na terça, Hungria e Polônia vetaram a aprovação pelos governos do bloco da legislação que reúne tanto o orçamento para o período de 2021 e 2027 quanto a verba do fundo de recuperação da União Europeia.
- Para que o pacote seja aprovado, é necessário apoio unânime, e veto dos governos de Polônia e Hungria deve atrasar a liberação de recursos no valor de 1,8 trilhão de euros. Países europeus importantes vêm registrado aceleração da contaminação, com França, Alemanha e Reino Unidos implementando novos lockdowns, com diferentes níveis de abrangência.
- O índice Eurostoxx tem queda de 0,57%; o Dax, da Alemanha, cai 0,26%; o FTSE 100, do Reino Unido, cai 0,39%; o CAC 40, da França, cai 0,28%; o FTSE MIB, da Itália, cai 0,39%.
- Polônia e Hungria discordam da cláusula da lei orçamentária que condiciona o acesso de países membros aos recursos ao respeito ao Estado de direito. Os governos de ambos os países vêm sendo investigados formalmente no âmbito da União Europeia por supostamente desrespeitar liberdades democráticas e direitos humanos, prejudicando a independência de cortes, veículos de mídia e organizações não governamentais.
- No início de outubro, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que a lei aprovada pelo Parlamento húngaro que expulsou em 2017 a Universidade Centro-Europeia de Budapeste desrespeitava a legislação do bloco sobre direitos humanos, no que diz respeito a liberdade acadêmica e autonomia universitária.
- A universidade foi fundada em 1991 e é bancada pelo bilionário e filantropo húngaro-americano George Soros, conhecido por promover causas progressistas. O Parlamento húngaro é controlado pelo partido nacional-conservador de direita Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán. A decisão da corte europeia fortalece a leitura de que seu governo desrespeita o Estado de direito.
- Na Ásia, as bolsas fecharam em direções mistas, influenciadas pelo otimismo quanto à vacina desenvolvida pela Moderna, que alimenta expectativas de que a economia mundial possa iniciar a volta à normalidade em 2021. O índice Nikkei, do Japão, fechou em alta de 0,42%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, teve alta de 0,13%; o Kospi, da Coreia do Sul, oscilou negativamente em 0,15%; o Shanghai SE , da China, caiu 0,21%
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