A pior estratégia para o enfrentamento de uma crise é a negação da realidade. Dizer que algo não existe ou delegar exclusivamente a Deus, não resolve e talvez apenas evidencie a nossa incapacidade de resolução.
Não é uma questão de ser alarmista ou tampouco conformista, mas quando vamos perceber que apesar de nossas diferenças políticas estamos de alguma maneira no mesmo barco?
E esta união não é algo piegas do tipo vamos lançar hashtags de amizade ou fazer lives de coraçãozinho. Não, é apenas puro pragmatismo. Independente se você é oposição, situação, Marvel ou DC. A crise está afetando de alguma forma todos e ela só se agrava.
Para alguns de nós que transformamos as redes socias em trincheiras virtuais, ela está chegando gradativamente. Mas para aqueles que já perderam empregos, parentes e amigos com os reflexos da pandemia já bateu forte.
Chegamos ao cúmulo de negar a realidade dizendo que o número de mortos eram inflados com caixões vazios. É impossível se mostrar indiferente com aqueles que protestam para voltar a trabalhar e com quem está de quarentena.
Mas nesta busca incansável de inimigos virtuais conseguimos até criar uma falsa dicotomia entre Saúde x Economia.
Precisamos realizar um esforço de olhar além das opções políticas, a quem interessa uma terra arrasada? De que adianta ficar de pé sobre os escombros gritando eu avisei? Para que servirá ficar demonstrando que tudo é fake news para um grupo de escolhidos?
Sabem o Brasil Real? Aquele que estão nas filas da Caixa Econômica trocando máscaras para ser atendido, que perdeu sua fonte de renda e que está doente nos hospitais. Então, ele é muito mais complexo do que supõe os nossos debates e brigas nas redes sociais.
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