O mês de março foi marcado pelo estabelecimento do patamar de R$ 5 para a cotação do dólar. O US$ final foi cotado a R$ 5,1987 e o US$ médio ficou em R$ 4,8839. Para compreender devemos levar em consideração que o cenário externo deste primeiro trimestre de 2020 é de aversão ao risco, com os investidores internacionais optando por aplicações mais seguras como o euro e o dólar.
Com as incertezas sobre os impactos do novo coronavírus na economia global, países emergentes como o Brasil enfrentam uma fuga de capitais. Segundo dados da B3, neste primeiro trimestre o país já perdeu algo em torno de 60,5 bilhões saíram da Bolsa de Valores.
Há também uma crescente escalada de animosidade entre os principais players produtores de petróleo Arábia Saudita e Rússia que estão praticando uma guerra de preços. E com isso retroalimentando o ambiente de incertezas internacionais.
Em conjunto temos a política monetária praticada pelo Banco Central que em resposta aos impactos iniciais do Covid-19 reduziu a Selic para 3,75%. Com o diferencial de juros menor (Selic x Juros dos EUA), a atratividade da economia brasileira cai.
Estes eventos se aliam aos ruídos políticos locais como os constantes embates do poder Executivo contra o Legislativo e Judiciário. Além dos avanços e retrocessos entre os entes da federação no combate à epidemia, gerando um ambiente de dúvidas sobre como o Estado irá enfrentar a crise.
E por fim no Relatório Focus, divulgado na última segunda-feira houve um reajuste nas projeções para crescimento do PIB. A expectativa atual é que em 2020 haja uma retração de 0,48% ante uma expansão de 1,48% do relatório anterior. Para 2021 o crescimento de 2,5% foi mantido. A taxa de câmbio esperada para o final de 2020 é de R$/US$ 4,50 com a Selic em 3,5%.
Para reflexão:
“CRIsE: O segredo para atravessarmos este momento, está no grau de relevância que colocamos na letra S”
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.