Mercados – Futuros americanos sobem e bolsas europeias e asiáticas caem após sinais do Fed sobre juros
Fonte: Texto retirado do site Infomoney | Confira a agenda do dia
EUA
Os índices futuros americanos têm altas nesta segunda (21) de manhã, assim como as bolsas europeias recuam. As bolsas asiáticas caem. Investidores digerem a sinalização do Federal Reserve de que pode vir a elevar as taxas referenciais de juros dos Estados Unidos mais cedo do que o esperado até então. Na sexta (18) passada, os índices futuros americanos registraram quedas. Os investidores digeriram novas projeções do Federal Reserve, o banco central americano, para a Economia, e sinais de que elevações nas taxas de juros referenciais poderiam ocorrer mais cedo do que o esperado até então.
Na quarta (16), o Fed elevou suas expectativas para inflação e sobre o aumento das taxas de juros em 2023. O presidente do Fed de Saint Louis, Jim Bullard, afirmou na sexta em entrevista à rede de notícias CNBC que é natural que o banco central demonstre mais preocupação com a inflação, e apontou a possibilidade de alta nas taxas de juros já em 2022. Na semana passada, o índice Dow acumulou queda de 3,5%; o S&P 500, de 1,9%; e o Nasdaq, de 0,2%. Os setores mais ligados à perspectiva de recuperação econômica após a Covid lideraram as perdas. Ações dos setores de finanças e de materiais listadas no S&P perderam mais de 6% na semana, enquanto que as do setor de energia perderam mais de 5%, e as do setor industrial, mais de 3%.
Até 19 de junho, 52,85% da população dos Estados Unidos havia sido vacinada, segundo dados oficiais compilados pelo site Our World in Data. A vacinação vem contribuindo para normalizar o funcionamento da economia. Mas uma expansão duradoura pode ser dificultada em um cenário de política monetária menos acomodativa.
A curva dos rendimentos dos títulos do Tesouro com vencimento em dez anos também se reduziu na semana passada. Esses rendimentos correspondem à taxa paga pelo Tesouro dos Estados Unidos para emprestar dinheiro, com vencimento em diferentes períodos. As taxas variam de acordo com a oferta e a demanda pelos papéis, e influenciam o custo de empréstimos por empresas e pela população. Como são garantidos pelo Estado, que tem o poder de criar impostos para pagar dívidas, esses títulos são considerados um investimento seguro, ao qual investidores recorrem quando há incerteza sobre a economia.
A demanda de muitos investidores pelos papéis contribui para a queda dos rendimentos, que sinaliza a expectativa negativa para a economia e barateia a tomada de empréstimos. A expectativa de crescimento contribui para a redução da demanda por esses títulos, e ao aumento da taxa paga pelo Tesouro, elevando o preço dos empréstimos e sinalizando uma possível alta da inflação.
Na semana passada, o rendimento de títulos de prazo mais curto, como a nota com vencimento em dois anos, subiu, refletindo a expectativa de que o Fed eleve suas taxas. Os rendimentos de títulos de prazo mais longo, como as notas com vencimento em dez anos, caíram, sinalizando menos otimismo quanto à retomada da economia. Nesta segunda, investidores aguardam por falas de autoridades do Fed. Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas e James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis.
Ásia
As bolsas asiáticas tiveram quedas na segunda, com destaque negativo para as japonesas. Há receio quanto a uma normalização da taxa de juros nos Estados Unidos. Além disso, investidores podem estar buscando embolsar ganhos com o bom desempenho recente das ações no Japão. No país, o Nikkei chegou a cair 4% antes de recuperar parte dos ganhos e fechar mais baixo, em 28.010,93. Fabricantes de carros, como Nissan e Honda, tiveram quedas de 4,07% e 3,93%, respectivamente. No setor financeiro, as ações do Mitsubishi Financial Group caíram 2,72%, e as do Mizuho Financial Group, 2,25%.
Na segunda, o governo da China anunciou que a Taxa Básica de Empréstimo com vencimento em um ano se mantém inalterada, em 3,85%, enquanto que a taxa com vencimento em cinco anos se mantém em 4,65%. O anúncio está em linha com as expectativas da maioria dos analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters, que esperavam a manutenção de ambas as taxas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,28%; na China continental, o composto Shanghai subiu 0,12%; na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,83%.
Europa
Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus tem alta.
Indicadores
Veja o desempenho dos principais índices às 6h40 (horário de Brasília):
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,56%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,47%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,56%
Europa
*FTSE (Reino Unido) +0,35%
*Dax (Alemanha), +0,51%
*CAC 40 (França), +0,3%
*FTSE MIB (Itália), +0,36%
Ásia
*Nikkei (Japão), -3,29% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,12% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,08% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,83% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,419%, a US$ 71,92 o barril
*Petróleo Brent, +0,34% a US$ 73,76 o barril
*Bitcoin -5,90%, a US$ 33.202,29
**A Bolsa de Dalian fechou com o minério de ferro em queda de 8,79%, cotado a 1121 iuanes, equivalente hoje a US$ 173,28 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,47
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