Fonte: El País
A guinada intervencionista de Jair Bolsonaro na Petrobras (entre outras estatais) selou o fim do casamento de conveniência do Planalto com o mercado financeiro —um apoio que vinha desde a campanha para eleger o ultradireitista, em 2018. As promessas do presidente de que não vai mexer na política de preços da companhia, enquanto critica duramente a alta de preços, provocaram um terremoto. Desde a última sexta-feira, as ações da Petrobras despencaram e a estatal registrou perdas de 100 bilhões de reais em valor de mercado. Nesta terça, o conselho de administração da empresa se reúne e pode deliberar sobre a substituição de Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, mas a turbulência ainda não ainda tem data para acabar. Heloísa Mendonça e Regiane Oliveira conversaram com especialistas que veem nas declarações e ações do presidente uma estratégia pela reeleição em 2022.
Em meio à crise da Petrobras, o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu se calar e dedicar-se à aprovação da PEC Emergencial, para bancar a extensão do auxílio emergencial —outro assunto cercado de controvérsias. Nesta edição, a colunista Monica de Bolle apresenta uma proposta para o financiamento do programa. “O mínimo de humanidade que precisamos resgatar é o senso de empatia com as dezenas de milhões de pessoas que precisam desses trezentos reais para ontem”, afirma De Bolle.
Nesta terça-feira, estreia na Netflix o documentário Pelé, que narra a história do ex-jogador durante seu auge esportivo, explorando os conflitos pessoais e políticos do ex-craque, em especial sua relação com a ditadura ―tudo comentado pelo próprio Rei do Futebol. Diogo Magri conta que a produção fez o jogador falar, pela primeira vez de forma tão longa, sobre ditadura, tortura e o uso do futebol ―e dele próprio ―como propaganda do regime militar. “Pelé não jogou a Copa de 70 para ajudar a ditadura, apesar de os generais terem roubado até a sua alma em flashes maquiavélicos de propaganda. O 10 do Santos jogou aquele mundial para provar que era sim o maior da história”, escreve Xico Sá, para quem o Brasil cobra demais de Pelé.
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