Fonte: Infomoney
Bolsas mundiais operam em queda com dados de retração na Europa e temor sobre pandemia na China
Na quinta-feira (21) os índices americanos Nasdaq e S&P 500 voltaram a registrar recordes, com a expectativa de que grandes empresas de tecnologia e comunicações informem ganhos robustos na temporada de divulgação de resultados. As farmacêuticas Pfizer e BioNTech concordaram em fornecer imunizantes ao projeto Covax Facility da Organização Mundial de Saúde, focado em países de baixa renda. As informações foram publicadas na quinta-feira pela agência internacional de notícias Reuters, que citou duas fontes cujo nome não foi identificado. Nesta sexta, os índices futuros têm, no entanto, quedas. Investidores buscam embolsar os ganhos recentes. Os índices seguem também uma sexta de baixas na Ásia.
O índice S&P 500 Futuro cai 0,47%; o Dow Futuro cai 0,56%; e o Nasdaq Futuro cai 0,45%. O setor automotivo tem as maiores quedas na Europa segundo à sexta negativa na Ásia, com perdas de 1,8%. Todos os setores e as principais bolsas têm baixa. Na quinta, o Banco Central Europeu manteve as taxas de juros estáveis, mas afirmou que está preparado para agir sobre novas restrições. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reconheceu que a pandemia “continua a representar sérios riscos” à economia da zona do euro.
Nesta sexta foram divulgados dados sobre a atividade na zona do euro, medidos pelo índice PMI (sigla em inglês para índice do gerente de compras) Markit, que mede o desempenho de indústria e serviços. O índice teve queda a 47,5 pontos em janeiro, frente 49,1 em dezembro. Qualquer leitura abaixo de 50 indica retração; acima, expansão da atividade. O índice Eurostoxx cai 0,67%; o Dax, da Alemanha, cai 0,54%; o FTSE 100, do Reino Unido, recua 0,41%; o CAC 40, da França, cai 0,67%; e o FTSE MIB, da Itália, recua 1,4%.
As ações asiáticas tiveram quedas à medida que investidores buscando embolsar os ganhos dos dias anteriores, impulsionadas pela expectativa de que o novo presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, consiga aprovar amplos pacotes de estímulos. Os mercados asiáticos também foram negativamente influenciados pela expectativa de que a China volte a implementar restrições para reduzir o risco de avanço da pandemia no país. O número de novos casos vem crescendo. Na quinta, a China registrou 144 diagnósticos. O patamar fica bem abaixo dos 6.905 registrados em 11 de fevereiro, mas acende uma luz vermelha, à medida que significa avanço do ritmo de contaminação.
As ações da petroleira chinesa CNOOC caíram 5,57% após o anúncio de que a empresa será retirada dos índices ACWI e MSCI. Na semana passada, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos, ainda sob a gestão de Donald Trump, anunciou que havia incluído a CNOOC em uma lista que restringe os itens que pode receber dos Estados Unidos.
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