Fonte: Infomoney
Futuros americanos caem e bolsas europeias sobem, com eleições para Senado dos EUA no radar
Os índices futuros americanos têm quedas nesta quarta-feira (6), com a possibilidade de democratas garantirem o controle tanto do Congresso quanto da Presidência. As bolsas europeias têm, em sua maioria, altas.
Nesta quarta, investidores acompanham as eleições no estado americano da Geórgia, que devem determinar se o controle do Senado dos Estados Unidos continua com os republicanos ou passa para os democratas, que já têm a Câmara e a Presidência.
Os republicanos David Perdue e Kelly Loeffer enfrentam os candidatos democratas aos cargos, Jon Ossoff e Raphael Warnock, respectivamente.
Por mais de três décadas, o estado foi um bastião republicano. Nas últimas eleições presidenciais, no entanto, votou a favor do democrata Joe Biden e de sua vice Kamala Harris, com atuação marcante de militantes negros.
Se ambos os candidatos democratas vencerem, haverá 50 democratas e 50 republicanos no Senado. O voto da vice-presidente eleita Kamala Harris valeria para quebrar o empate na disputa pelo Senado, que ficaria então com os democratas.
Como nos Estados Unidos não há um órgão eleitoral centralizado, o resultado das eleições é, tradicionalmente, anunciado pela imprensa. Pouco antes das 2h desta quarta, a agência internacional de notícias Associated Press publicou a informação de que Warnock venceu Kelly Loeffler, com 97% dos votos contabilizados.
A disputa entre Perdue e Ossoff continua, no entanto, sem um resultado claro, com uma ligeira vantagem do candidato democrata.
Entre investidores há certo temor com a perspectiva de domínio dos democratas sobre Câmara, Senado e Presidência, à medida que se fortalece a tese de que essa situação abriria espaço para reformas econômicas.
O índice S&P Futuro cai 0,75%; o Nasdaq Futuro cai 2,14%; e o Dow Futuro recua 0,23%.
Na Europa, o foco é sobre a pandemia do novo coronavírus. Na terça, a Inglaterra iniciou seu terceiro lockdown de abrangência nacional, com medidas restritivas ampliadas também nas outras nações que integram o Reino Unido. No mesmo dia, a Alemanha estendeu o lockdown em curso no país até o dia 31 de janeiro.
Há também preocupações quanto a uma nova variante do coronavírus encontrada na África do Sul. Scott Gottlieb, antigo chefe da Food and Drug Administration, a agência americana responsável por aprovação de medicamentos, afirmou na terça que a nova variante parece inibir anticorpos.
A África do Sul registrou no dia 31 de dezembro o seu recorde de novos casos de covid, 18 mil. O recorde de mortes no país durante o atual período de ressurgência do coronavírus foi de 513, registradas na terça (5).
Há expectativa de que a Agência Europeia de Medicamentos se manifeste nesta quarta a respeito da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica Moderna.
O índice Eurostoxx sobe 0,11%; o Dax, da Alemanha, sobe 0,09%; o FTSE 100, do Reino Unido, sobe 0,61%; o CAC 40, da França, sobe 0,05%; o FTSE MIB, da Itália, sobe 0,23%.
Na Ásia, investidores acompanham o desempenho das ações dos gigantes chineses de tecnologia Tencent e Alibaba, à medida que o atual presidente americano levanta restrições contra serviços do país.
Na terça, o presidente em exercício dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva proibindo transações por meio de oito aplicativos de pagamento chineses. Isso inclui WeChat Pay e Alipay, do Ant Group.
Na ordem consta que “o ritmo e a abrangência da propagação nos Estados Unidos de certos aplicativos móveis e para desktop e de outros softwares desenvolvidos ou controlados por pessoas da República Popular da China (….) continuam a ameaçar a segurança nacional, política externa e economia dos Estados Unidos”.
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