Fonte: Infomoney
Bolsas mundiais sobem com otimismo quanto a estímulo nos Estados Unidos
As bolsas mundiais têm altas nesta quinta-feira (17). Investidores acompanham anúncios positivos quanto à perspectiva de novos estímulos à economia dos Estados Unidos, afetada pela pandemia de covid. Após dois dias de reunião, o Federal Reserve, o banco central americano, anunciou que continuará com sua política de compra de títulos. Líderes congressistas do país afirmaram na quarta que estão avançando em direção a um novo pacote de estímulos, no valor de US$ 900 bilhões.
O índice Eurostoxx sobe 0,47%; o Dax, da Alemanha, avança 0,94%; o FTSE 100, do Reino Unido, sobe 0,15%; o CAC 40, da França, tem alta de 0,48%; o FTSE MIB, da Itália, sobe 0,52%.
Na quarta (16), o Federal Reserve ajustou sua política de apoio à economia dos Estados Unidos, após dois dias de reuniões. Como esperado, o banco central americano manteve as taxas de juros referenciais próximas a zero.
O Fed também anunciou que pretende continuar comprando ao menos US$ 120 bilhões em papéis mensalmente, “até que progresso substancial seja feito em direção às metas máximas do Comitê quanto a estabilidade de preços e emprego”.
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed também adicionou, em declaração, que “essas compras de ativos ajudam a promover o funcionamento suave do mercado, e condições financeiras acomodativas, dando suporte, dessa forma, ao fluxo de crédito a lares e negócios”.
Anteriormente, o Fed havia se comprometido a não elevar as taxas de juros até que a inflação ultrapasse a meta de 2%, mesmo se o desemprego atingir níveis que, normalmente, sinalizam pressão sobre os preços.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou avaliar que o preço atual das ações não está necessariamente alto, quando se leva em consideração o nível particularmente baixo das taxas de juros.
Além disso, na quarta, líderes do Congresso dos Estados Unidos sinalizaram que se aproximam de um acordo sobre um novo pacote de estímulos à economia, afetada pela pandemia.
Ele teria valor de US$ 900 bilhões, próximo aos US$ 908 bilhões que vêm sendo aventados publicamente por um grupo bipartidário de congressistas há mais de uma semana, e acima dos US$ 500 bilhões que vinham sendo defendidos publicamente pelo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.
O índice S&P Futuro sobe 0,49%; o Nasdaq Futuro sobe 0,52%; o Dow Futuro sobe 0,37%.
Após uma reunião entre os quatro principais líderes congressistas, McConnel afirmou na quarta: “nós realizamos um avanço central no sentido de um pacote pandêmico de estímulos direcionado, que seria capaz de receber aprovação em ambas as casas, com maiorias bipartidárias”.
Em seguida, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou, com maior cautela: “Estamos próximos de um acordo, mas ainda não o fechamos”. Ele também ressaltou que democratas “gostariam de ter ido consideravelmente além”, e devem pressionar por mais auxílio após o presidente eleito, o também democrata Joe Biden, assumir, em 20 de janeiro.
No decorrer das negociações, que duram meses, democratas chegaram em falar em um acordo superior a US$ 2,2 trilhões, que, no entanto, não prosperou até o momento.
Segundo informações reproduzidas pela rede CNBC, o acordo que vem sendo negociado não incluiria auxílio a governos locais e estaduais, mas promoveria pagamentos diretos a cidadãos americanos, assim como um seguro-desemprego federal reforçado.
Em entrevista à rede, o senador republicano Steve Daines afirmou que o acordo incluiria cerca de US$ 300 bilhões direcionados a apoio a pequenos negócios, incluindo um programa de empréstimos para proteção de salários, recursos para a distribuição de uma vacina contra covid e testagem e apoio a hospitais.
As ações asiáticas fecharam em alta, em sua maioria, à medida que investidores monitoram os sinais de um possível novo pacote de estímulos à economia americana.
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