Fonte: Infomoney
Bolsas mundiais têm leve queda com investidores atentos a negociações sobre o Brexit
As bolsas europeias e os índices futuros americanos têm leves baixas nesta segunda-feira (7), após um final de semana que, novamente, não resultou em um acordo comercial final entre União Europeia e Reino Unido pós-Brexit. O acordo tem como prazo para acabar dia 31 de dezembro.
No final de semana, o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, realizou conversas por telefone com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Os líderes orientaram suas equipes de negociadores a continuarem tentando fechar um acordo, que atualmente foca sobre temas como mecanismos para resolver disputas comerciais, um espaço comercial justo e pesca – este último tema estaria majoritariamente resolvido, segundo a imprensa.
O índice Eurostoxx tem queda de 0,67%; o Dax, da Alemanha, cai 0,73%; o FTSE 100, do Reino Unido, sobe 0,04%; o CAC 40, da França, cai 1,08%; o FTSE MIB, da Itália, cai 0,85%.
Anúncios sobre pacotes de estímulo estão no radar dos investidores. Espera-se que o Banco Central Europeu estenda, na quinta-feira (10), a capacidade de seu programa de compra de títulos.
Nos Estados Unidos, um grupo bipartidário de senadores, devem divulgar, possivelmente já nesta segunda-feira, a legislação por trás do projeto de pacote de estímulos de US$ 908 bilhões. Informações iniciais sobre o pacote foram divulgadas na semana passada, e as notícias mais recentes dão a entender que ele pode ser viável.
Na quinta-feira, a porta-voz da Câmara dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, conversou pela primeira vez em ao menos um mês com o líder republicano do Senado, Mitch McConnel, a respeito do pacote.
Ela afirmou a repórteres: “o tom de nossas conversas é indicativo da decisão de chegar a um resultado”. Mc Connel, tem apoiado publicamente um pacote menor, de US$ 500 bilhões.
Na sexta (4), o Departamento de Emprego americano reportou que 245 mil empregos foram criados em novembro, abaixo da expectativa de economistas consultados pela Dow Jones, que previam a criação de 440 mil empregos.
O índice S&P Futuro tem queda de 0,64%; o Nasdaq Futuro cai 0,34%; o Dow Jones Futuro recua 0,60%.
Na semana passada, as farmacêuticas Moderna e a parceria entre Pfizer e BioNTech pediram a aprovação emergencial de suas vacinas nos Estados Unidos. Apesar da expectativa positiva quanto à vacinação em um futuro próximo, o país continua a viver seu pior momento na pandemia.
Na sexta foram registrados 229.077 novos casos de coronavírus no país, um recorde, segundo dados sistematizados pela Universidade Johns Hopkins. O recorde de mortes, 2.885 no total, foi registrado dois dias antes, na quarta-feira (2) passada.
O número de mortes e hospitalizações apresenta nos Estados Unidos tendência de alta em ziguezague, com alguns dias registrando patamares menores do que os anteriores. Mas o Covid Tracking Project contabiliza o aumento contínuo de pessoas hospitalizadas em decorrência da covid. No domingo (6), eram 101.487 pessoas.
Os mercados também reagiram à divulgação de dados que indicam que as exportações chinesas tiveram alta de 21% em novembro, o que inclui um incremento de 10% das exportações à economia americana.
Por outro lado, a agência internacional Reuters publicou uma reportagem segundo a qual o governo dos Estados Unidos está preparando sanções contra outros 12 agentes do governo chinês, em resposta à perseguição de ativistas em Hong Kong.
O índice Nikkei, do Japão, fechou em queda de 0,76%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, teve queda de 1,23%; o Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 0,51%; o Shanghai SE, da China, caiu 0,81%.
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