Interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas, em agosto o dólar acumulou alta de 5,02% o maior valor desde março quando atingiu 15,92%. Com isso, o US$ final foi cotado a R$ 5,4713 e o US$ médio em R$ 5,4612.
Durante o mês as preocupações com o cenário externo se mantiveram dentro das expectativas e dos eventos ocorridos destacamos:
– O otimismo com os avanços das vacinas contra a Covid-19.
– A redução do nível de preocupação com uma segunda onda de contaminações.
– Os impasses nas negociações entre republicanos e democratas no Congresso americano pela aprovação do pacote fiscal
– E a sinalização de uma retomada mais lenta da atividade global.
O ambiente interno foi o principal responsável pela volatilidade cambial do período, em especial a crescente incerteza acerca do rumo das contas públicas. Os constantes embates entre a equipe econômica e alguns setores do governo, lançaram dúvidas sobre qual será a condução da política econômica do pais. Para setembro, os gastos públicos seguirão no radar e os rumos que o Congresso e o executivo tomarem irão impactar as cotações. Lá fora, salvo algum retrocesso no combate ao coronavírus, devemos monitorar a campanha presidencial norte americana. Cujo pleito se aproxima e há uma crescente tendência para um acirramento dos discursos com riscos de radicalização.
O Relatório Focus divulgado ontem, trouxe mais uma revisão positiva para o PIB 2020 passando de -5,46% para -5,28% da semana passada. Devemos destacar o crescimento do IGP-M para 11,39%, há dois meses as expectativas indicavam 5,63%, refletindo a pressão dos preços de matéria-prima. Após um movimento de estabilização que durou dez semanas, a taxa de câmbio foi revisada de R$/US$ 5,20 para R$/US$ 5,25 e a leitura inicial deste movimento indica as preocupações com a trajetória fiscal.
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