Por FGV
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 3,4 pontos em agosto de 2020, para 160,3 pontos. Mesmo após a quarta queda consecutiva, o indicador devolveu pouco mais da metade das altas ocorridas no bimestre março-abril.
“A incerteza continua caindo, mas de forma decrescente ao longo dos meses. Com isso, o IIE-Br ainda está mais de 20 pontos acima do recorde anterior à pandemia de Covid-19, de 136,8 pontos, em setembro de 2015. O resultado reflete o contexto ainda problemático da pandemia, os embates atuais relacionados às contas públicas e as dúvidas sobre o ritmo de recuperação da atividade econômica. Em agosto, pela primeira vez desde o início da pandemia, o componente de Expectativas, com peso de 20%, exerceu maior influência no resultado do IIE-Br. Apesar da evolução favorável no mês, este componente permanece acima dos 200 pontos, refletindo a dificuldade de se prever os rumos da economia no horizonte de 12 meses, devido, principalmente, aos impactos ainda desconhecidos da retirada gradual dos estímulos fiscais na recuperação da economia”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista da FGV IBRE.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção em agosto. O componente de Mídia recuou 0,6 ponto, para 143,5 pontos, contribuindo negativamente em 0,5 ponto para a queda do índice geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu negativamente em 2,9 pontos para o comportamento do IIE-Br, ao recuar 13,3 pontos, para 202,6 pontos. Apesar da queda na margem, este indicador devolveu até agora apenas 24% das altas entre março e maio.
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