❶ – O dólar acumulou alta de 6,86% em janeiro e chegou a ser cotado a R$ 4,2850, sendo este o novo recorde nominal da série histórica. Janeiro foi marcado pelo cenário de aversão ao risco dos investidores com os conflitos entre os EUA e Irã no Oriente Médio e a descoberta de um novo vírus (2019 – nCoV) na província chinesa de Wuhan.
❷ – Conforme o mês avançava, as preocupações dos investidores com o surto de coronavírus na China acentuavam-se com a descoberta de novos casos além do epicentro. O receio do mercado está atrelado a possibilidade de os impactos da doença afetarem a demanda dos consumidores, reproduzindo os efeitos que a epidemia de SARS teve sobre o a atividade econômica chinesa entre 2002 e 2003. Neste ambiente de intensa volatilidade o US$ final foi cotado a R$ 4,2695 e o US$ médio ficou em R$ 4,1495.
❸ – Este surto é mais uma variável de incerteza que devemos incluir para o ano 2020, ao lado da saída do Reino Unido da União Européia e as eleições presidenciais dos EUA. O mercado tende a reagir de maneira eufórica ou com excesso de pânico conforme as novas notícias sobre o vírus são divulgadas. Quando analisamos o comportamento das epidemias e seus efeitos no mercado nos últimos 50 anos, observamos que os impactos das variações ficam restritos ao curto prazo e não alteram a estrutura de longo prazo. Ainda é esperado que haja mais notificações sobre a doença, mas o possível anúncio da criação de uma vacina pode trazer certa tranquilidade para o mercado e levar o câmbio para um patamar mais baixo.
❹ – Sobre as projeções para a atividade econômica brasileira, no Relatório Focus Divulgado há pouco pelo Banco Central, o mercado ajustou o IPCA de 3,47% para 3,40%. O crescimento do PIB e a projeção da Selic foram mantidos em 2,3% e 4,25% respectivamente. A taxa de câmbio esperada também foi mantida e está em R$ / US$ 4,10.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.