Fonte: Caos Planejado
A garantia dos direitos sobre a propriedade e o mercado de terras são marcos civilizatórios essenciais para a desconcentração do poder econômico e a consolidação de democracias. Essa é a constatação de Daron Acemoglu (MIT) e James Robinson (Harvard) no livro “Por que as nações fracassam”. A luta por direitos de propriedade na Inglaterra foi fundamental para a instituição do parlamento (1265) e do Estado de Direito (1689), extinguindo o absolutismo e fomentando a expansão financeira e comercial que levou à revolução industrial (1760) e ao período de urbanização e crescimento econômico que tomou o mundo nos séculos seguintes.
Paul Romer (NYU, Nobel 2018), demonstra que o aumento de 1% na proporção da população urbana de um país reflete no crescimento da renda per capita em 2% em média. Dentre as principais razões para este fenômeno estão a construção civil e as economias de aglomeração, que são os benefícios adquiridos pela proximidade entre pessoas e empresas na produção e aquisição de bens e serviços. As melhores oportunidades de trabalho e o acesso a bens e serviços aprimorados levaram à migração da população rural para as cidades e a proporção da população urbana mundial passou de 7% em 1800 para 54% em 2015.
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