por Téo Takar
Uma consultoria de investimentos de São Paulo está oferecendo a pequenos investidores o mesmo nível de tratamento dispensado a milionários na hora de aplicar o dinheiro. Com R$ 5.000 disponíveis para investir, já é possível ter uma assessoria personalizada e acesso a fundos que normalmente aceitam apenas grandes aportes.
A Fiduc Planejamento Financeiro diz que pretende popularizar o modelo fiduciário, formato de investimento que já é largamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, esse modelo é praticamente exclusivo dos “family offices”, assessorias especializadas em cuidar dos bens de famílias endinheiradas.
“O consultor vai oferecer um planejamento financeiro global. Vai analisar a situação do cliente, seus objetivos, ver se ele já tem um plano para aposentadoria, analisar suas despesas, seus contratos, ver se ele tem seguro e assim por diante”, disse Pedro Guimarães, fundador da Fiduc.
Renda fixa, renda variável, multimercado e previdência
Há apenas quatro fundos na consultoria, que correspondem aos tipos de investimento mais comuns: renda fixa, renda variável, multimercado e um fundo de previdência. O patrimônio do cliente é direcionado a esses fundos de acordo com o perfil traçado pelo consultor financeiro.
Os fundos da Fiduc funcionam como veículos de investimento, ou seja, juntam os recursos dos clientes e direcionam para outros fundos, geridos por profissionais renomados no mercado, que normalmente só estariam disponíveis para investidores capazes de fazer uma aplicação inicial de R$ 100 mil ou mais.
Taxa fixa anual e ‘alinhamento de interesses’
“Cobramos uma taxa fixa de 1,5% ao ano sobre o valor do patrimônio que o cliente investir conosco. Parte disso vai remunerar nosso sócio [o consultor responsável pelo cliente], parte vai cobrir os custos dos gestores com quem temos parcerias e o restante vai para a Fiduc”, declarou Guimarães.
Segundo ele, há um alinhamento de interesses entre os consultores e os clientes, o que se traduz em melhores resultados para ambos a longo prazo. “Como nossa remuneração é baseada no patrimônio do cliente, temos todo interesse em fazer o bolo crescer.”
Modelo é oposto ao dos ‘shoppings financeiros’
O modelo fiduciário é oposto ao modelo de investimento mais comum no Brasil: o transacional ou “de prateleira”, em que uma grande variedade de produtos financeiros, como fundos e CDBs, é oferecida pelos bancos e corretoras aos clientes, como se fossem “shoppings financeiros”.
No modelo “de prateleira”, o cliente é quem escolhe o produto que atende suas necessidades. Porém, a escolha pode ser influenciada pelo gerente do banco ou pelo agente autônomo de investimento (especialista ligado a uma corretora). Ambos os profissionais recebem comissões pelos produtos financeiros adquiridos pelo cliente.
Fonte: Uol Investimentos
Este texto foi retirado da fonte acima citada, cabendo a ela os créditos pelo mesmo.
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